Confirmado primeiro caso de gripe aviária em aves de subsistência em Goiás 61656i

Laudo técnico divulgado nesta sexta-feira (13/06) deu positivo para as mortes registradas em Santo Antônio da Barra. Influenza Aviária não representa risco à saúde humana, quando não há contato com aves doentes, e o consumo de carne e ovos continua seguro 435618

13/06/2025, às 18h06

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou nesta sexta-feira (13/06) o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – H5N1) em Goiás. O caso ocorreu em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, no Sudoeste do Estado, após análises do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A suspeita foi comunicada à Agrodefesa no dia 09/06, após a morte de cerca de 100 galinhas que apresentaram sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldade para respirar, apatia, diarreia e inchaço no rosto. Em resposta, equipes técnicas foram enviadas ao local em até 12 horas para isolar as propriedades e coletar amostras, seguindo os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).

Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, por se tratar de aves de subsistência e não comerciais, o caso não afeta o status sanitário do Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), nem impacta as exportações de carne e ovos. “Mesmo sendo um caso isolado, é fundamental reforçarmos as medidas de contenção e vigilância. Nossas equipes já estão atuando na área com ações de controle sanitário, investigação epidemiológica e orientação à população”, afirmou.

Ele também destacou que a gripe aviária não representa risco à saúde humana, desde que não haja contato direto com aves doentes, e que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro.

Ações de controle e contenção

Como parte do Plano Estadual de Contingência para a Influenza Aviária, foi acionado um Grupo Especial de Emergência Zoossanitária, com apoio de órgãos como a Defesa Civil, segurança pública e a prefeitura local. A equipe da Agrodefesa está em campo para realizar a vigilância e conter o avanço do vírus, protegendo a saúde animal e humana e garantindo a segurança da cadeia produtiva.

As medidas emergenciais incluem vigilância intensiva em um raio de 10 quilômetros do foco, controle do trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, restrição de movimentações, reforço nas barreiras sanitárias e suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas na região afetada.

Além disso, estão sendo promovidas ações educativas para informar produtores, profissionais, imprensa e moradores sobre os riscos da doença e as formas de prevenção. A orientação é que qualquer suspeita seja comunicada imediatamente às autoridades.

Situação de emergência no estado

Desde 17 de maio, o Governo de Goiás já havia decretado situação de emergência zoossanitária com validade de 180 dias, por meio do decreto nº 10.693, como medida preventiva diante do cenário nacional. O objetivo é garantir resposta rápida a possíveis ocorrências da doença em aves comerciais, de subsistência ou silvestres.

O decreto também facilita a mobilização de recursos e fortalece a articulação entre órgãos públicos e privados, ampliando a eficácia das ações de biossegurança e controle. “É uma medida estratégica. Goiás tem papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com agilidade e coordenação”, reforçou Caixeta Ramos.

Fique atento aos sinais

A Agrodefesa alerta que os sinais da gripe aviária incluem tosse, espirros, muco nasal, hematomas nas pernas ou músculos, inchaços nas juntas, crista e barbela (com coloração roxa ou avermelhada), desorientação, diarreia e desidratação. Em aves poedeiras, também pode haver queda na produção e alterações nas cascas dos ovos.

Diante de qualquer sintoma ou morte repentina de aves, é essencial que produtores, criadores e cidadãos façam a notificação imediata pelo WhatsApp: (62) 98164-1128.